Como o esmalte foi criado

Anúncios

O esmalte é um dos itens de beleza mais usados e apreciados em todo o mundo.

Desde as cores clássicas, como o vermelho e o nude, até as mais ousadas, como o azul e o preto, o esmalte é uma forma de expressão e cuidado pessoal.

No entanto, a história do esmalte não se limita à sua popularidade atual.

Ele tem uma longa trajetória, que atravessa diferentes culturas e períodos históricos, evoluindo tanto em termos de formulação quanto de significado social.

Mas, como o esmalte foi criado?

Anúncios

De onde surgiu a ideia de pintar as unhas e como isso se transformou em um item de beleza indispensável?

Vamos explorar essa história fascinante.

1. Primeiros Sinais de Uso de Esmalte: A Antiguidade

A prática de adornar as unhas com cores e substâncias não é uma invenção moderna, mas sim uma prática que remonta à Antiguidade.

A história do esmalte começa há milhares de anos, quando antigas civilizações começaram a experimentar formas rudimentares de “pintar” as unhas.

A primeira referência ao uso de esmalte pode ser encontrada no Egito Antigo, por volta de 3.000 a.C.

As mulheres egípcias usavam henna para tingir suas unhas de vermelho ou laranja, uma prática que tinha tanto um valor estético quanto simbólico.

Além disso, os egípcios também usavam uma substância chamada pasta de ouro, feita a partir de metais preciosos, para dar brilho às unhas, como uma forma de exibir status e poder.

Já na China, há registros de que, por volta de 3000 a.C., as imperatrizes usavam esmaltes feitos com gelo, cera e goma para criar tons escuros, como o preto e o vermelho.

Esses esmaltes eram aplicados com pincéis finos e tinham, novamente, uma função simbólica, indicando a classe social da pessoa que os usava.

Embora essas primeiras tentativas de esmaltação não sejam semelhantes aos esmaltes modernos que conhecemos, elas marcaram o início de uma prática que seria refinada e difundida ao longo da história.

2. O Desenvolvimento ao Longo dos Séculos

Nos séculos seguintes, a ideia de pintar as unhas foi sendo aprimorada e adaptada, mas o uso de esmaltes como conhecemos hoje só começou a tomar forma no final do século XIX e no início do século XX.

Durante essa época, as mulheres da Europa e dos Estados Unidos estavam cada vez mais se interessando por práticas de beleza e autoexpressão, e a manicure começou a ganhar popularidade.

No entanto, o esmalte ainda não era produzido de maneira tão sofisticada.

No começo do século XX, os esmaltes eram feitos de óleos e tinturas à base de pigmentos naturais, mas o problema era que esses produtos não duravam muito nas unhas e desbotavam rapidamente. Além disso, a aplicação não era tão fácil ou uniforme como a que temos hoje.

Foi só em 1915, quando a empresa de cosméticos Cutex começou a produzir esmaltes mais modernos e consistentes, que o produto começou a se popularizar entre as mulheres da classe média e alta.

Embora ainda não fosse como o esmalte líquido que usamos atualmente, esse produto era um avanço em relação às práticas anteriores, pois permitia um acabamento mais liso e duradouro.

3. A Revolução do Esmalte no Século XX

Nos anos 1920, com a popularização das manicures e o aumento do consumo de cosméticos, o esmalte ganhou novas fórmulas e variações de cor.

Durante esse período, as mulheres começaram a se sentir mais livres para experimentar com suas aparências, e as cores de esmalte passaram a ser associadas não só à moda, mas também a atitudes sociais e movimentos culturais.

A Revolução das Unhas veio com a invenção do esmalte líquido.

A primeira fórmula líquida moderna foi desenvolvida por Charles Revson, o fundador da marca Revlon, em 1932.

Revson percebeu que os esmaltes em pó que eram usados até então não eram suficientemente eficazes, e ele passou a desenvolver um esmalte que tivesse uma consistência líquida e brilho duradouro.

Ele usou esmaltes de nitrocelulose, uma substância derivada da celulose, que permitiu a fabricação de esmaltes que secavam rapidamente e aderiam melhor às unhas.

O sucesso de Revson foi tão grande que sua marca, a Revlon, se tornou um ícone na indústria de cosméticos, ajudando a popularizar o esmalte líquido e tornando-o acessível para uma grande parte da população.

Ao longo das décadas seguintes, o esmalte continuou a evoluir, com melhorias constantes em sua fórmula e apresentação.

4. A Invenção do Esmalte com Esmaltes em Gel e a Fórmula Moderna

Afinal a verdadeira revolução no mundo dos esmaltes ocorreu a partir da década de 2000, com o lançamento do esmalte em gel.

Embora o esmalte líquido tivesse sido amplamente popularizado e dominasse o mercado.

Esmalte em gel trouxe uma nova proposta, permitindo que as unhas ficassem lisas e brilhantes por mais tempo.

Esse tipo de esmalte utiliza UV ou lâmpadas LED para fixar a cor e o brilho.

Dando um resultado de longa duração — algo que o esmalte tradicional não conseguia oferecer.

Afinal a tecnologia de esmaltes em gel surgiu nos anos 1980.

Mas foi só nos anos 2000 que o processo de aplicação se tornou mais acessível, graças à popularização de kits caseiros.

Hoje em dia, é possível encontrar esmaltes com fórmulas que respeitam a saúde das unhas e que incluem propriedades como fortalecimento, hidratação e proteção contra danos.

Além disso, a gama de cores e acabamentos se expandiu significativamente.

Com esmaltes que apresentam efeitos metálicos, perolados, flocados e até mesmo termo-sensíveis (que mudam de cor com a temperatura).

Conclusão

O esmalte, desde seus primeiros usos na Antiguidade até sua fórmula moderna, percorreu uma longa jornada de transformação cultural, técnica e social.

De um produto rudimentar e simbólico a um item de beleza indispensável para muitas pessoas.

Esmalte se tornou um reflexo da mudança de comportamento das sociedades ao longo do tempo.

À medida que a inovação continua, podemos esperar que ele continue evoluindo.

Mantendo sua capacidade de nos surpreender e nos inspirar a expressar nossa individualidade através de suas cores e texturas vibrantes.


Fonte de informação: blog.unhasbele.com.br