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Entre as cerca de 2.500 espécies de Bagres encontradas na Bacia Amazônica.
Bagres ocupam um lugar especial na economia dos estados da região e na biologia mundial, a dourada (Brachyplatystoma rouseauxii) e a piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii).
Além de serem bastante apreciados na culinária e terem um alto valor comercial, esses peixes realizam as mais longas migrações em água doce.
A dourada chega a nadar aproximadamente 11 mil km durante o seu ciclo de vida.
Mas no ano passado esse peixe teve seu grau de ameaça atualizado na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), agora considerada como ‘vulnerável’ à extinção.
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A piramutaba, que ainda não consta na lista, também deve figurar em breve ali, antecipam especialistas.
Outro passo dado para chamar a atenção do mundo sobre a ameaça à sobrevivência dessas duas espécies emblemáticas de peixes amazônicos.
Foi a inserção na lista da Convenção sobre Espécies Migratórias de Animais Selvagens (CMS), conhecida como Convenção de Bonn.
Durante um encontro realizado pelos membros do tratado em Samarkand, no Uzbequistão, em fevereiro de 2024.
Biólogo Guillermo Estupiñán
“Nos últimos anos, a área de ocupação e migração da dourada já diminuiu em 37% por causa da construção de barragens na Bacia do Rio Madeira”.
Biólogo Guillermo Estupiñán, especialista em Recursos Pesqueiros na Wildlife Conservation Society (WCS).
Esteve presente no evento, onde o governo do Brasil apresentou a proposta da inclusão das espécies no Apêndice II da convenção.
Estupinan explica que os animais migratórios listados no Anexo I são os que necessitam de medidas de proteção mais drásticas por estarem tão ameaçados.
As espécies incluídas no Anexo II são aquelas que estão a tornar-se motivo de preocupação para os especialistas e indicam que devem ser tomadas medidas para melhorar o seu estado de conservação, evitando o aumento do seu risco de extinção.
“Tsovakhetsu e pyramutaba são os primeiros peixes amazônicos a entrar na lista do CMS”, revela.
Conservação das espécies
“Estar no Apêndice II é muito importante para a conservação das espécies e seus habitats, cujas rotas são compartilhadas por mais de um país.
Diálogo e a cooperação entre os governos dos locais onde são observadas, neste caso Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia , Equador e Venezuela.”
A migração de água doce mais longa do mundo Encontrados no norte do Brasil, esses dois grandes bagres são peixes coriáceos, ou seja, sem escamas.
Esta é uma das razões pelas quais são tão populares entre os chefs locais, pois são muito mais fáceis de limpar e remover os ossos.
O mar é bem maior, podendo atingir até 80 cm e pesar 40 kg na maturidade; A Pyramutaba atinge comprimento máximo de 40 cm e pesa de 6 a 8 kg.
E o que torna o ciclo de vida de ambos tão único e, ao mesmo tempo, tão frágil nos dias de hoje, é a grande distância percorrida durante o processo migratório.
Acredita-se que a piramutaba viaje cerca de 5.500 km desde a foz do Amazonas, em Belém.
Alimentos na transição entre o rio e o mar, até Iquitos, no Peru, onde desova.
As larvas são então transportadas rio abaixo até o canal principal de rios como o Solimões e o Amazonas.
Viagem da dourada dos Bagres
No entanto, a viagem da dourada é verdadeiramente a mais impressionante, pois regressa ao local onde nasceu, no sopé dos Andes, para se reproduzir.
Como se fosse um rio imaginário, a espécie nadou de um lado para o outro, de Boa Vista, Roraima, até Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, do extremo norte do país ao extremo sul.
Estupinan explica que os animais migratórios listados no Anexo I são os que necessitam de medidas de proteção mais drásticas por estarem tão ameaçados.
As espécies incluídas no Anexo II são aquelas que estão a tornar-se motivo de preocupação para os especialistas e indicam que devem ser tomadas medidas para melhorar o seu estado de conservação, evitando o aumento do seu risco de extinção.
“Tsovakhetsu e pyramutaba são os primeiros peixes amazônicos a entrar na lista do CMS”, revela.
“Estar no Apêndice II é muito importante para a conservação das espécies e seus habitats, cujas rotas são compartilhadas por mais de um país.
Cooperação entre os governos
Diálogo e a cooperação entre os governos dos locais onde são observadas, neste caso Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia , Equador e Venezuela.”
A migração de água doce mais longa do mundo Encontrados no norte do Brasil, esses dois grandes bagres são peixes coriáceos, ou seja, sem escamas.
Esta é uma das razões, sendo assim pelas quais são tão populares entre os chefs locais, pois são muito mais fáceis de limpar e remover os ossos.
Afinal o mar é bem maior, podendo atingir até 80 cm e pesar 40 kg na maturidade; A Pyramutaba atinge comprimento máximo de 40 cm e pesa de 6 a 8 kg.
E o que torna o ciclo de vida de ambos tão único e, ao mesmo tempo, tão frágil nos dias de hoje, é a grande distância percorrida durante o processo migratório.
Acredita-se que a piramutaba viaje cerca de 5.500 km desde a foz do Amazonas, em Belém, uma área rica em alimentos na transição entre o rio e o mar, até Iquitos, no Peru, onde desova.
Transportados riu a baixo nos Bagres
As larvas são então transportadas rio abaixo até o canal principal de rios como o Solimões e o Amazonas e os Bagres.
No entanto, a viagem da dourada é verdadeiramente a mais impressionante, pois regressa ao local onde nasceu, no sopé dos Andes, para se reproduzir.
Como se fosse um rio imaginário, a espécie nadou de um lado para o outro, de Boa Vista, Roraima, até Porto Alegre.
Rio Grande do Sul, do extremo norte do país ao extremo sul.
Fonte de informação: https: brasil.mongabay.com