Como o cacau agroecológico pode salvar um mico-leão

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No sul da Bahia existe o cacau e o mico-leão-da-cara-dourada (Leontopyticus chrysomlas) está distribuído por florestas maduras e em regeneração e plantações agroflorestais de cacaueiros.

A sombra das árvores nativas da Mata Atlântica. No entanto, esta área sofre o mesmo desmatamento que recentemente fez com que a espécie desaparecesse do norte de Minas Gerais.

Nos últimos 30 anos, o tamanho do primata conhecido como mico-leão-baiano diminuiu aproximadamente 42% – de 22.700 km2 para 13.215 km2 – e sua população diminuiu 60%.

Estima-se que de 16 a 21 mil indivíduos ainda vivam em vida selvagem no sul da Bahia, a maior parte deles no município de Ilhías.

Os dados fazem parte da pesquisa de doutorado do biólogo Joanison Vicente dos Santos Teixeira, diretor executivo e coordenador de pesquisas do Projeto Almada Mata Atlântica (AMAP), que financia projetos científicos e medidas de proteção de espécies.

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A placa e a grande bandeira da instituição

Esse pequeno primata dorme em partes ocas dos troncos das árvores e se movimenta em grupos de cinco a onze indivíduos para não repetir o local de descanso devido aos predadores.

Esse curioso comportamento exige um esforço contínuo para encontrar abrigo e alimento nos fragmentos fora das áreas protegidas.

Vem diminuindo devido a pressões como a pecuária, o fortalecimento da liderança nos Karuka e a expansão das lavouras de café e eucalipto.

“Eles defendem seus territórios de outros grupos.

Se um grupo entrar ou se aproximar de outro território, eles podem entrar em um conflito representado por palavras que conversam entre si”, disse Teixeira, destacando o espírito cooperativo da espécie que ajuda a cuidar. seus descendentes.

Em tempos de ameaças, a produção de cacau à sombra de árvores nativas – chamada kaburuca – foi fundamental para a sobrevivência do mico-leão baiano.

Além de ser uma opção regional economicamente viável.

“É uma combinação perfeita”, disse o biólogo.

A cada quatro anos atualizamos as métricas populacionais para ajudar a planejar estratégias de conservação”, explicou. “

Além de conectar as ruínas com o reflorestamento, a manutenção do que ainda existe destaca que uma combinação de organizações não governamentais e instituições de pesquisa nacionais e internacionais se uniram para salvar o bioma.

Está em extinção mais o cacau pode salvar

Um deles é um mapa.

Além de fornecer subsídios para a conservação da espécie, o investigador também está envolvido na atualização de dados sobre taxa de incidência.

Ocupação e população, entre outros fatores que determinam o estado de sobrevivência deste primata. A residência.

“A cada quatro anos atualizamos as métricas populacionais para ajudar a planejar estratégias de conservação”, disse ele.

“Além disso, com este objectivo, precisamos de estimular o interesse nas decisões políticas.

A sensibilização do público através de actividades de educação e comunicação foi identificada como outro desafio.

As Cabrucas no Sul da Bahia possuem em média 197 árvores nativas por hectare, o que as torna ecologicamente viáveis.

Porém, em 2014, sem considerar parâmetros científicos, uma portaria estadual permitiu que propriedades agrícolas tivessem carucas com 40 árvores por hectare, representando um risco à sobrevivência dos animais, informou Teixeira.

Conclusão

“Muitos produtores querem expandir a produção de cacau e, portanto, reduzir as árvores de sombra”, afirmou.

Diante dos desafios, aumentar a visibilidade da espécie apoia a consciência da sua importância e a participação na sua conservação.

“O morador da região não reconheceu o mico-leão-baiano passando pelo seu quintal, mas reconheceu pela televisão o mico-leão-dourado nativo do estado do Rio de Janeiro”, explicou.

Para ele, é importante se inspirar no movimento que se tornou um símbolo do movimento de preservação das espécies do Rio de Janeiro no Brasil.

Porém, para que a situação mude para proteger a espécie, o pesquisador explicou que o Kaburuka deveria ser economicamente adequado para pequenos produtores rurais.

“Tentamos fazer com que entendessem que a produção orgânica é uma forma de agregar mais valor ao produto. Também queremos que eles se sintam mais valorizados.

“Conservar árvores com muita sombra, árvores para tamarindo, é o nosso maior desafio”, admite.

Paralelamente às actividades de investigação, a AMAP organiza actividades de educação ambiental para sensibilizar os produtores e o público em geral, disse.

Para isso, a Fazenda Bom Pastor, administrada por uma organização ambientalista, trabalha com ecoturismo, oferecendo aos visitantes a proteção do mico-leão baiano.

Além dos turistas, há estudantes e pesquisadores brasileiros e estrangeiros que têm interesse científico pela espécie.


Fonte de informação: brasil.mongabay.com