Malware novo para roubar PIX está em ação

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Os telefones Android são o alvo dos usuários brasileiros recém-descobertos.

A BrasDex está em operação há quase um ano e teria registrado pelo menos 1.000 contaminações no país.

E perdido centenas de milhares de reais após ataques relacionados a transferências de Pix e roubo de identidade bancária.

Dez instituições no país – PicPay, Nubank, Original, Inter, Binance, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander.

Estão no centro de ataques de malware direcionados apenas aos brasileiros.

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Se o vírus detectar que o cartão SIM utilizado no smartphone não é do nosso país, a cadeia de contágio é quebrada; caso contrário.

É estabelecida uma conexão com o servidor de comando e controle de onde vêm os comandos contendo as funções do dispositivo e os aplicativos bancários instalados.

A BrasDex abusa dos direitos de acesso concedidos pelo usuário após instalar aplicativos maliciosos para agir, principalmente quando se trata de sistemas de acessibilidade Android.

O vírus consegue identificar os objetos exibidos na tela e as informações que o usuário insere, obter as informações de acesso.

E identificar os caminhos, interfaces e essencialmente o saldo disponível da conta.

Segue-se a fraude, onde são feitas transferências via Pix para as contas do serviço laranja da quadrilha.

Todo o processo é feito remotamente, mas direto no celular da vítima, simulando o processo para a vítima, que só percebe o problema quando já é tarde.

Segundo a ThreatFabric, empresa de segurança cibernética responsável pela descoberta da BrasDex, a quadrilha é conhecida por ter acesso a dezenas de contas.

E chaves diferentes, incluindo CPFs, celulares e e-mails.

Outra campanha também está segmentando computadores Windows

Os culpados são os mesmos responsáveis ​​por outra praga que atingiu diretamente o sistema financeiro brasileiro.

Semelhanças de código, infraestrutura e operação ligam diretamente o BrasDex ao Casbaneiro, que foi descoberto em 2018 e tem como foco o sistema operacional Windows.

Os especialistas também apontam que esta é uma campanha multiplataforma que pode usar dois malwares em ataques diferentes.

E pode ter atingido pelo menos 1.400 usuários de PC.

Essa conclusão se deve novamente à descoberta de painéis consistentes que mostram criminosos responsáveis ​​executando uma campanha de malware sob demanda.

E vendendo soluções maliciosas a terceiros interessados ​​em realizar os ataques.

Em ambos os casos, as mensagens de phishing enviadas pelos Correios são o principal vetor de distribuição.

Que permite ao usuário baixar um formulário infectado alegando ter problemas na entrega de pacotes.

Os ataques a computadores concentram-se em obter códigos de verificação em duas etapas de telas falsas que simulam a aparência dos serviços bancários.

Os códigos QR criados por fraudadores podem até parecer reconhecer o dispositivo usado pelos criminosos e serem capazes de realizar transações na conta da vítima.

Embora a ameaça seja nova, o relatório aponta para métodos de distribuição generalizados.

Os usuários devem ficar atentos a e-mails falsos de instituições e empresas e evitar o download de arquivos ou aplicativos por meio desses métodos.

Seu celular e computador devem estar sempre atualizados e possuir antivírus e outros softwares de segurança.

Prestar atenção à sua conta bancária e entrada de dados irá ajudá-lo a identificar possíveis fraudes.


*Fonte de pesquisa: ThreatFabric