Não conseguimos parar a chuva

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Em São José dos Campos, São Paulo, a Sala de Situação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais de chuva (SEMEDEN).

Órgão federal vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, nunca fecha.

Até 20 pesquisadores de pelo menos quatro áreas (meteorologia, hidrologia, geodinâmica e perigos) fazem turnos de seis horas para monitorar e alertar sobre dados meteorológicos e climáticos em todo o Brasil.

Foi nesta sala que Giovanni Doliffe, vice-diretor de operações e modelagem da Semedon, viu as chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul na tarde desta quarta-feira, 8 de maio.

Disse Doliffe. Seus colegas pesquisadores viram o que poderia ser previsto durante a tragédia gaúcha e suas consequências.

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Qual o papel do Semedon como evento extremo no Rio Grande do Sul?

Quais são as fases antes, durante e depois da carreira de Semeden?

Uma das principais missões da Agência Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (SEMEDEN) é monitorar essas situações e enviar alertas antecipados.

Mas além desse pilar, há outros dois: pesquisa e rede pluviométrica.

Estão distribuídos em mais de 3 mil municípios e áreas de desastre em todo o país.

Portanto, controlamos quais chuvas e chuvas são esperadas.

Esse acompanhamento ocorre em uma unidade 24 horas por dia, com equipes multidisciplinares em rodízio a cada seis horas.

Possui quatro cargos: o meteorologista, que olha a chuva prevista pela natureza; Um hidrólogo que estuda como a água flui pela terra, nos rios.

Especialista em geodinâmica, que trata do impacto dessa água no solo, para avaliar o risco de movimentação de massa.

E o especialista em riscos analisa o impacto social e ambiental dessas chuvas.

Com base na avaliação destes quatro especialistas, são dados alertas.

Como foram os trabalhos no episódio que acontece agora no Rio Grande do Sul?

Há alguns dias, foram previstas fortes chuvas.

Em média, no Rio Grande do Sul, caem cerca de 150 mm de chuva em maio.

E esperado por mais de três dias – 200,250 milímetros (mm). Portanto, chove mais de três dias durante todo o mês.

Esperava-se um grande evento.

Então, tem havido reuniões com o Seanad – briefings que fazemos todos os dias.

Isso foi feito dias antes, nos finais de semana, antes dos eventos.

Como a frente fria chegaria até o final da semana, eu esperava que aquela frente fria trouxesse muita chuva.

Então comunicação, previsão de riscos, alertas.

À medida que se aproximava, os acúmulos começaram a ocorrer, depois começaram a soar os alarmes – enchentes hidrológicas.

Geodinâmica para deslizamentos, e começaram a aumentar de nível porque as condições de mudança estavam acontecendo e os municípios estavam sendo afetados.

À medida que a chuva continuava, a previsão mostrava mais chuva.

Se esperarmos 250 mm em três dias, choveu no primeiro dia.

Aí a previsão colocou mais 200, 250 mm daqui a mais dois, três dias, e pronto.

Então a chuva começou a aumentar. Em alguns locais atingiu 700 mm.

E não apenas a quantidade de chuva.

Em São Sebastião, São Paulo, Durante o Carnaval de 2023, foi um evento intenso, com mais de 800 mm de chuva caindo em apenas uma noite – mais do que muitos dias. Aí você fala: ‘Nossa, essa foi pior’.

Não, porque não depende apenas de quantos milímetros cabem em um metro quadrado.

No Rio Grande do Sul esses depósitos ocorrem em cerca de 200 áreas, em outros 300, 400, 500, 600, até 700 depósitos ocorrem em uma área enorme, uma área enorme.

Portanto, a quantidade de chuva em si foi maior que em São Sebastião.

A área era muito grande, embora raramente a mesma quantidade fosse acumulada.

Como foi a evolução do desastre climático até hoje e quais são as previsões para os próximos dias sobre a chuva ?

Para piorar a situação, toda essa água escorria dos pontos altos dos rios, causando as enchentes que estão acontecendo em Guaíba, Porto Alegre e outras áreas.

 

As chuvas máximas concentraram-se em meados da semana passada, entre 30 de abril e 1º de maio. Foram dias muito chuvosos.

A maior quantidade de chuva caiu em 24 horas em Santa Maria em 112 anos.

Choveu um pouco há alguns dias e depois continuou.

Agora, no início desta semana – segunda e terça-feira – houve mais tempo aberto.

A temperatura é muito alta: 33ºC.

Você pode imaginar que já estamos no outono, e estamos falando de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com 33 ºC.

Portanto, estas são parte da causa deste fenômeno que tem resultado em altas temperaturas na maior parte do país.

A chuva diminuiu no início da semana.

Isto permitiu que o nível de Guiban diminuísse ligeiramente.

Já caiu para 30 centímetros. atingiu 5,33 metros.

Agora está muito próximo de 5.

Mas ainda está acima do nível de lucro, que é de 3 metros.

E ainda mais do que o recorde anterior estabelecido em 1941, de 4,76 metros.

Essa água desce lentamente, porque tem muita água numa região muito plana.

E aí vem uma frente fria – hoje, quarta-feira, vai passar.

Está chovendo em Porto Alegre neste momento.

Chuvas fortes e trovoadas são esperadas em algumas áreas devido à passagem da frente fria hoje.


Fonte de informação: brasil.mongabay.com