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Quando a doença de Parkinson é diagnosticada, a condição do paciente na maioria dos casos já está avançada.
Diante desse desafio, pesquisadores de todo o mundo buscam formas de agilizar o diagnóstico.
É o caso de um grupo de pesquisadores norte-americanos que estão desenvolvendo inteligência artificial (IA) capaz de detectar doenças pelo trato respiratório.
A pesquisa sobre inteligência artificial para a doença de Parkinson.
Publicada na revista científica Nature Medicine, foi liderada por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
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Segundo os autores, a tecnologia é capaz de ler os hábitos respiratórios de uma pessoa enquanto ela dorme.
E, a partir dos dados coletados, uma rede neural determina a gravidade da condição e como ela progride.
A relação entre respiração e Parkinson
Curiosamente, essa relação entre respiração e doença é mais antiga do que podemos imaginar.
“A relação entre Parkinson e respiração foi registrada no trabalho do Dr. James Parkinson [o médico que descobriu a doença] já em 1817”.
Explica Dina Katabi, uma das autoras do estudo e professora do MIT. frase.
De acordo com Katab, essas descobertas preliminares os motivaram a considerar “a possibilidade de detectar doenças respirando sem olhar para o movimento”.
Além disso, “estudos médicos mostraram que os sintomas respiratórios aparecem muitos anos antes dos sintomas motores.
O que significa que as características respiratórias podem ser promissoras para avaliação de risco antes do diagnóstico de Parkinson”.
Acrescenta, acrescentando a possibilidade de diagnóstico precoce.
Vale lembrar que mais de 55 milhões de pessoas no mundo sofrem de alguma forma de demência.
A doença de Parkinson é uma das mais comuns. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 10 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano.
Como funciona a IA que diagnostica essa demência?
Para diagnosticar a doença de Parkinson, os pesquisadores costumam usar um método invasivo, como a coleta de líquido cefalorraquidiano.
Geralmente, essas estratégias são caras e requerem acesso a centros médicos especializados.
Em outras palavras, eles não estão disponíveis para a maioria da população.
Em vez disso, o projeto do MIT usa inteligência artificial para monitorar a doença de Parkinson.
Enquanto um paciente com suspeita de doença de Parkinson dorme em sua própria casa.
Tudo que você precisa é de uma pulseira de sensor.
Um dispositivo semelhante a um roteador Wi-Fi doméstico foi desenvolvido para o exame.
Em vez de uma conexão com a Internet, o aparelho envia sinais de rádio, analisa os reflexos do ambiente e capta os padrões respiratórios do paciente sem intervenção física.
O sinal de respiração é então enviado para uma rede neural que avalia passivamente os sintomas de Parkinson.
Por enquanto, a equipe planeja testar a nova tecnologia em outros ensaios para validação, mas no futuro.
Essa inteligência artificial pode ser uma ferramenta importante na detecção precoce da doença de Alzheimer.
*Fonte de pesquisa: Canaltech