Ribeirinhos se agrupam para preservar as tartarugas

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Uma das dunas de areia para tartarugas parece estar em movimento.

Fábio abriu caminho com as mãos e um bebê PTU saiu do ninho.

Com cerca de 4 centímetros, Chelon passa a asa sobre o olho direito e repete o sinal do esquerdo.

Você precisa clarear os olhos para ver o novo mundo.

Segundos depois, outro filhote apareceu.

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Em um dos biomas com maior diversidade biológica para os Kelonianos do mundo, os moradores de Juruti viram as populações de tartarugas e outras espécies despencarem nas últimas gerações.

Os ancestrais e suas próprias observações sobre a redução severa levaram as comunidades ribeirinhas a proteger espécies como a tartaruga amazônica (Podocnemis expansa), o tracajá (Podocnemis).

unifilis), PTU (Podocnemis sextuberculata) e Irapuca (Podocnemis erythrocephala).

O trabalho inclui a observação das praias à noite a partir de setembro, quando começa a época de reprodução e as fêmeas ficam mais vulneráveis.

Em seguida, os membros da comunidade coletam os ovos de cada ninho, transportam-nos para os viveiros ou viveiros.

Protegida na areia, onde os ovos são guardados até o nascimento dos filhotes, e são mantidos em tanques até serem soltos, o que eventualmente acontece.

Ano no início de março

“Atualmente, se a espécie consegue aumentar a população silvestre dos rios amazônicos é graças ao trabalho de manejo comunitário básico”, disse Fabio Andrew Cunha.

Especialista em Quelônias de Juruti.

Hoje temos 21 espécies de quelônios descritas na Amazônia brasileira. Conseguimos catalogar 14 espécies nesta região [Juruti], sendo uma delas endêmica.

Consideramos o Brasil um ‘hot spot de tartarugas, uma prioridade de conservação para o grupo’.

Entre tartarugas e estrelas

Ex-moradores disseram que havia mais tartarugas nos rios do que estrelas no céu.

“Devido à quantidade de mulheres em alguns rios amazônicos, era impossível conduzir barcos grandes.

Principalmente ainda mais nesse intervalo para criar grandes cardumes e desovar juntos nas praias quando criam bandejas”, disse Fábio.

No entanto, o número de tartarugas na região diminuiu significativamente.

Nas décadas de 1970 e 80, Juruti tornou-se um centro de coleta de ovos e caça de fêmeas adultas, segundo Fábio, biólogo e doutor em ecologia e conservação aquática na Amazônia.

Na culinária tradicional, os ovos eram usados ​​até para pagar contas bancárias e a carne de tartaruga já foi considerada a segunda principal fonte de proteína animal na dieta local, atrás apenas do peixe.

Leis da vida selvagem

Atualmente, as leis que protegem a vida selvagem proíbem tanto ovos quanto quelônios, mas o ar em Jurutiense entre agosto e setembro conta uma história diferente.

cidade Estou falando da realidade de uma comunidade, mas está acontecendo em quase todas as pequenas cidades do interior da Amazônia”, afirma Fábio.

É verdade que grande parte da população já percebeu a importância da conservação das tartarugas.

Pesquisas mostram que em 2018, cerca de 1,7 milhão de tartarugas foram mortas nas áreas urbanas da Amazônia.

Além da caça ilegal, os quelônios estão expostos a outras ameaças.

“Quando ocorrem projetos de mineração em grande escala na Amazônia, isso afeta a paisagem tanto em termos de áreas de desova quanto de abrigo e áreas de alimentação”, observa Fábio.

Afinal a mineração de bauxita em Juruti desde 2009 pela mineradora Alcoa tem provocado cálculos financeiros inéditos por danos socioambientais.

Sendo assim o desmatamento, a exploração de petróleo e o represamento de rios para ampliar a matriz energética representam outras ameaças.

“Há várias mudanças agindo em conjunto que acabam por reduzir o tamanho e a estrutura da população, tanto feminina como masculina”.

Além disso com base nos relatos de seus antepassados ​​e percebendo que o número de Quelônios estava diminuindo.

Membros da comunidade se inspiraram em projetos já existentes na Amazônia, como o Projeto Quelônios da Amazônia e o Projeto Pé-de-Pincha, e se organizaram.

e voluntariamente, para proteger o seu entorno.

Guerreiros Miri

“Nosso grupo é formado por jovens. Tem um menino de 25 anos que começou a acompanhar o trabalho aos 8 anos”, diz Maruney Guerreiro de Mesquita.

Responsável sendo assim pelo projeto comunitário Miri, no bairro rural de Juruti, que reúne 20 voluntários em Miri. Associação de Combatentes Ambientais (Agam).

“Eu sou velho, o resto é jovem.”

Quando começaram a manejá-la, há 15 anos, a comunidade conseguiu mover cerca de 50 ninhos para a chocadeira a cada temporada.

Nos últimos anos, chegaram a mais de 270.

Em frente à casa de Marune, às margens do lago de várzea que deságua no rio Amazonas, fica o recinto onde ficam os ovos coletados.

São 225 ninhos nesta temporada, um número inferior ao dos anos anteriores, provavelmente devido à forte seca que atingiu a região.

Alterando o regime hídrico e deixando os leitos dos lagos e rios extremamente secos.


Fonte de informação: brasil.mongabay.com